O Desejo ao Amanhecer
O Desejo ao Amanhecer A noite havia sido longa, marcada por conversas que se estendiam como carícias e silêncios cheios de promessas não ditas. Ela tinha escolhido ficar, como quem sabe que a madrugada reserva segredos que só podem ser compartilhados na intimidade de quatro paredes. Dormiu ali, cercada pelo perfume dele e pela expectativa de um amanhã diferente.
Quando o sol finalmente se insinuou pelas frestas da janela, ele a encontrou não mais entre os lençóis, mas na cozinha. E a visão que o aguardava foi mais arrebatadora do que qualquer sonho.
O Desejo ao Amanhecer Ela estava encostada ao balcão, pés descalços contra o chão frio, cabelos desalinhados como se ainda carregassem os vestígios da noite. Usava apenas a camisa dele, larga demais, mas que se ajustava ao corpo dela de maneira quase obscena, deixando escapar pedaços de pele que mais provocavam do que revelavam. A barra subia o suficiente para denunciar pernas que pareciam feitas para serem exploradas sem pressa, enquanto o tecido caía solto, insinuando mais do que escondendo.
O que o paralisava, no entanto, não era o corpo em si, mas o olhar. Havia nele uma súplica silenciosa, um convite disfarçado de inocência, como se cada gesto dela fosse um desafio: perceber até onde iria a coragem dele. Ao segurar a xícara de café, os dedos dela tremiam de leve, não pela bebida quente, mas pela ansiedade de ser notada, tomada, sentida em todas as formas possíveis.
O Desejo ao Amanhecer A cozinha, iluminada pela luz suave da manhã, parecia conspirar a favor daquela cena. O contraste entre a simplicidade do espaço e a intensidade da atmosfera só tornava tudo mais arrebatador. Não havia nada comum naquele instante: era a promessa de um jogo onde desejo e entrega se entrelaçariam sem reservas.
O Desejo ao Amanhecer Ela não precisava dizer nada. O modo como mordia o lábio inferior, como deixava a camisa escorregar sutilmente por um ombro, era suficiente para denunciar sua vontade. Queria ser desejada, explorada, vivida. Queria ser descoberta em todas as camadas, tocada até perder o fôlego, experimentada em cada detalhe.
Ele sabia disso. O corpo dela falava mais alto que qualquer palavra, e a mensagem era clara: havia fome ali. Uma fome que não se saciava com olhares demorados, nem com beijos contidos. Era desejo cru, pronto para se transformar em intensidade.
O Desejo ao Amanhecer A cada passo que ele dava em direção a ela, o ar parecia se comprimir, carregado de eletricidade. O cheiro do café se misturava ao perfume dela, e a tensão se tornava quase palpável. Não era uma manhã comum — era a cena que marcaria para sempre a memória de ambos.
Ele poderia se apressar, mas sabia que a verdadeira arte estava em prolongar aquele instante, em explorar a expectativa que ela havia construído com tanta ousadia. Afinal, não era por acaso que estava ali, vestindo sua camisa, mordendo o lábio e sustentando o olhar como quem implora sem palavras.
O Desejo ao Amanhecer Naquele jogo silencioso, tudo estava permitido. A cozinha deixava de ser apenas um espaço banal para se tornar o palco de uma entrega. E, ao encontrá-la assim, ele não teve dúvidas: ela queria ser tomada de todas as maneiras, conduzida a todos os extremos, vivida em intensidade absoluta.
O Desejo ao Amanhecer E naquele instante, a manhã deixou de ser simples rotina para se transformar em promessa. Uma promessa de que nada seria mais forte do que o desejo que os unia, selvagem e ao mesmo tempo delicado, instintivo e ao mesmo tempo profundamente humano.

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